Estudo sugere que a psilocibina pode ter efeitos antienvelhecimento
Um estudo publicado na revista científica Aging (do grupo Nature) apresentou a primeira evidência experimental de que a psilocibina prolongou a vida útil celular e aumentou a longevidade de camundongas idosas, sugerindo que essa substância pode ser um potente agente geroprotetor.
A hipótese investigada era de que a psilocibina poderia influenciar o comprimento dos telômeros, que são estruturas que protegem as extremidades dos cromossomos e funcionam como marcadores biológicos do envelhecimento. Sabe-se, por exemplo, que a depressão acelera o encurtamento deles.
Nos experimentos com células humanas cultivadas, o grupo tratado com psilocina (forma ativa da psilocibina) teve um envelhecimento celular mais lento em comparação ao grupo controle, indicando um possível efeito protetor.
Em camundongas idosas, após 10 meses de doses mensais de psilocibina, 80% das fêmeas tratadas sobreviveram até o fim do estudo, contra apenas 50% do grupo placebo. Embora os pesquisadores não tenham medido os telômeros, observaram também que os animais tratados apresentavam pelos mais saudáveis e menos fios brancos.
Os resultados sugerem que a psilocibina pode ter efeitos antienvelhecimento, porém, mais estudos são necessários para entender os mecanismos e sua aplicação em humanos.
Referência
Kato K, Kleinhenz JM, Shin YJ, Coarfa C, Zarrabi AJ, Hecker L. Psilocybin treatment extends cellular lifespan and improves survival of aged mice. NPJ Aging. 2025 Jul 8;11(1):55. doi: 10.1038/s41514-025-00244-x.
Disponível na íntegra:
https://www.nature.com/articles/s41514-025-00244-x